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terça-feira, 18 de junho de 2013

Proposição que buscava número de 15 vereadores na Câmara Municipal foi reprovada


Após dois anos da última votação sobre o tema, a Câmara Municipal de Ponta Grossa voltou a discutir o número de vereadores. A maioria dos vereadores rejeitou por 14 votos contra nove a proposição que visava reduzir o número de cadeiras na Casa para 15, em sessão realizada dia 18 de junho. Eram necessários no mínimo 16 votos pela aceitação do projeto para que ele fosse aprovado, ou seja, sete a mais que o obtido. Como a proposição não foi aprovada, não retornará ao Plenário. Além de movimentos e conselhos da sociedade civil organizada, a população se fez representar na galeria da Casa por aproximadamente 70 pessoas.
Este ano, a Câmara, por meio do vereador Sebastião Mainardes, protocolou o pedido. Durante as últimas semanas o assunto foi debatido inclusive em audiência pública, no dia 28 de maio. Na ocasião, o coordenador do Conselho de Entidades, Renato Cordeiro, entregou ao presidente da Comissão Especial para análise do projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM), vereador Pietro Arnaud, documento assinado pelas entidades sugerindo, antes da apreciação em Plenário da decisão da Comissão, outras audiências públicas para debate com a população.
“Os vereadores traíram o povo mais uma vez. Aproveitaram a situação de terem sido eleitos graças a um projeto que não teve discussão no passado. Votaram pelos interesses próprios”, comenta o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Ponta Grossa (Conseg), Henrique Henneberg.
A porta-voz do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Maria Vilma Nadal, também se mostrou contrária. “Eles pisaram na população e vão continuar fazendo caridade em troca de voto”, diz.
O coordenador do Conselho de Entidades, Renato Cordeiro, destaca que o Conselho deve se reunir e estudar suas próximas ações. “A população deve fazer sua avaliação voto a voto. Precisamos avaliar que ouve uma história sim, quando derrubamos artigos que praticamente proibiam o protocolo de projeto de iniciativa popular na Justiça. O Movimento Cidadania em Ação contribuiu para uma mudança dentro da Câmara”, enfatiza.

Movimento Cidadania em Ação
No período de agosto a outubro de 2011, o Movimento Cidadania em Ação do Conselho de Entidades fez coleta de 25 mil assinaturas junto aos eleitores para propor o projeto de lei de iniciativa popular que visava alteração da lei orgânica de Ponta Grossa, com redução do número de vereadores eleitos para 15 e redução na proposta orçamentária do Município, prevendo limite máximo de 2% para despesas do Legislativo. Devido ao regimento interno da Câmara Municipal, que previa obrigatoriedade de apresentação de fotocópia do título de eleitor de todos os assinantes para protocolo de projetos de lei de iniciativa popular, o Conselho de Entidades recorreu ao Conselho Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a qual ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN). O Tribunal de Justiça do Paraná julgou em fevereiro deste ano procedente a ADIN estando, portanto, o caminho aberto para protocolar-se o projeto e qualquer outro de iniciativa popular.

As assinaturas sumiram da sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG). Os indícios de furto do material recaem sobre um episódio ocorrido na sede da ACIPG na madrugada do dia 27 de setembro de 2012, conforme noticiado no boletim de ocorrência 2012/875898 da 13ª SDP, cujos fatos encontram-se sob investigação policial.

Jornalista: Thaís Helena Ferreira Neto
MTB: 6868

terça-feira, 4 de junho de 2013

MCCE em defesa da lei Ficha Limpa

1. As redes e organizações da sociedade civil que lideraram o processo de conquista da Lei da Ficha Limpa vêm a público repudiar a decisão do Grupo de Trabalho constituído no âmbito da Câmara dos Deputados que acaba de aprovar proposta de drástica redução dos efeitos da Lei da Ficha Limpa.

2. A Lei da Ficha Limpa é clara ao criar obstáculos à candidatura de políticos que tiveram suas contas públicas rejeitadas por malversação dos recursos públicos. Não é admissível que a Câmara afronte a vontade manifestada por toda a sociedade brasileira, amparada em projeto de lei de iniciativa popular.

3. Esperamos que a Câmara reconheça a incorreção da iniciativa do Grupo de Trabalho e promova o imediato arquivamento da matéria.

4. Fatos como esse demonstram a urgência e a necessidade da luta por uma Reforma Política de iniciativa popular, próximo passo do nosso Movimento.

Brasília, 04 de junho de 2013.

www.mcce.org.br