As recentes denúncias de corrupção, envolvendo o governador (José Arruda/DEM), membros da atual gestão do Distrito Federal e o presidente da Câmara (Leonardo Prudente/DEM), na chamada 'Operação Caixa de Pandora' da Polícia Federal, traz ao conhecimento público uma prática de uso indevido do dinheiro do contribuinte que, infelizmente, não é exclusividade da Capital do País. Enquanto a maioria da população enfrenta problemas sociais básicos (saúde, educação, transporte e falta de saneamento básico), alguns dirigentes políticos tramam as mais absurdas práticas de corrupção, desvio de dinheiro e má gestão.
Em Ponta Grossa/PR, guardadas as proporções, a população ainda aguarda os desdobramentos do desvio de mais de 2,3 milhões de reiais da Câmara Municipal, envolvendo servidores e/ou políticos que deveriam responder pela gestão coletiva, mas que infelizmente optam pelo tradicional uso indevido do cargo e da função que deveriam exercer como eleitos pelo povo.
De Brasília a Ponta Grossa, integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) Comitê PG defendem a imediata apuração, responsabilização dos responsáveis com a devolução dos valores indevidamente apropriados. Tais práticas precisam ter um fim, independentemente da cidade ou esfera de poder envolvido.
Foi com exatamente com este objetivo – limitar as práticas de corrupção eleitoral no País – que o MCCE entregou 1,3 milhão de assinaturas ao Projeto Ficha Limpa, na Câmara dos Deputados no início de setembro. E, no próximo dia 9 de dezembro, o Movimento entrega outras 100 mil assinaturas que foram recebidas após a entrega oficial do documento. A escolha de 9 de dezembro não é casual: é o Dia Mundial de Combate à Corrupção. E uma data destas não pode passar em branco no Brasil!
Assim, 1,4 milhão de adesões ao Projeto, é preciso que a sociedade civil organizada cobre de seus representantes políticos para que apóie e busque formas de agilizar a tramitação da proposta Lei de Iniciativa Popular, que ainda não entrou em pauta no Congresso Nacional.
Da mesma forma, se em Brasília a população busca formas de protesto – 'banca' de ambulante com oferta de panetone na porta da residência do governador, faróis ligados durante o dia, meias com dinheiro, painéis pedindo providências e CPI em andamento para afastar os envolvidos em corrupção – em Ponta Grossa representantes da sociedade civil também precisam cobrar providências e agilidade nos processos que apuram o desvio de dinheiro na Câmara de Vereadores. Afinal, o dinheiro vai ser devolvido ou não? Apenas servidores seriam responsáveis? E os políticos, que recebiam comissões por cargos, não vão ser responsabilizados? Qual a garantia de que tais práticas não estão mais acontecendo na Cidade?
A Luta pelo Fim da Corrupção, neste momento, tem nome e um projeto popular que não está associado a nenhum partido ou grupo eleitoreiro: O Ficha Limpa é dos mais diferentes setores da sociedade civil organizada e não tem qualquer interesse econômico, colarinho branco ou meia forrada com dinheiro do contribuinte. É hora de dar um basta nisso tudo. O Brasil merece uma lei capaz de limitar as práticas de corrupção eleitoral... com a aprovação do Ficha Limpa!
Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) Comitê Ponta Grossa/PR - 04/12/09
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