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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entidades lançam manifesto por moralização

Assembleia

As denúncias de irregularidades envolvendo a Assembleia Legislativa do Paraná levaram um grupo de entidades de Ponta Grossa a se posicionar, defendendo a apuração dos fatos e a tomada de providências sobre o caso. Com a assinatura de mais de dez entidades de classe, foi emitido um documento intitulado “Manifesto pela Moralização da Assembleia Legislativa do Paraná”, no qual é criticada a falta de transparência do Legislativo paranaense.

A apresentação do manifesto aconteceu na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg). O documento não reivindica o afastamento do presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), mas o presidente da Acipg, Márcio Pauliki, deu a entender que esse deveria ser o caminho. “Em uma empresa, quando há uma situação como essa, o seu diretor presidente é demitido”, ilustrou.

O presidente da subseção Ponta Grossa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luiz Alberto Kubaski, lembra que a direção estadual do órgão já se manifestou pelo afastamento de Justus.
“Nossa manifestação é uma manifestação ordeira, que reclama resultados e respeito à cidadania. Nós entendemos que é necessária uma mudança radical na postura da Assembleia”, defendeu.

O documento aponta que os chamados “atos secretos”, que escamotearam uma série de irregularidades, como desvio de verbas e contratação de funcionários “fantasmas”, “dão mostras suficientes de que interesses pessoais contaminam as decisões parlamentares, presenteando os paranaenses com a revoltante sensação de impunidade”. Mais adiante, destaca que “a apuração dos fatos e a tomada de providências são essenciais para a moralização da Casa”.

O manifesto cita como problemas o “excesso de nomeações, irregularidades nas contratações, falta de controle na assiduidade dos colaboradores e denúncias de desvios de recursos”. Diante disso, as entidades colocam como exigência que “os Poderes Constituídos possam, assim que apurados os fatos dentro do devido processo legal que garanta aos envolvidos as garantias constitucionais e identificados os envolvidos, aplicar com firmeza as devidas sanções aos responsáveis para, assim, recuperar a credibilidade e o respeito que a instituição merece”.

Diário dos Campos - 24.04.2010

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